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IN MEMORIAM




Manuel Bandeira


Data/Cidade de nascimento: 19-04-1886 Recife
Data/Cidade da morte: 13-10-1968 Rio de Janeiro

Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.


Biografia


Nascido em Recife - Pernambuco no dia 19 de abril de 1886 Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho (Manuel Bandeira) era de uma família extremamente influente e bem-conceituada. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza Bandeira e dona Francelina Ribeiro de Souza Bandeira seus avós paternos e maternos possuíam forte influência política e cultural.

Seu avô por parte de pai Antônio Herculano de Souza Bandeira foi uma eminente figura da sociedade pernambucana se destacando como advogado, Professor da Faculdade de Direito do Recife e um respeitado deputado geral com mais de 12 legislaturas. O pai de sua mãe Antônio José da Costa Ribeiro foi, de igual modo, grande advogado, político com mais de 17 legislaturas.

O escritor Manuel Bandeira morou no Rio de Janeiro após seu pai ir atuar como engenheiro no Ministério da Viação e ali estudou no Colégio Pedro II e ali manteve contato com grandes escritores, professores e figuras intelectuais cariocas.

Após terminar o curso de Humanidades mudou-se para São Paulo com a família e ali tentou cursar Arquitetura, mas devido ter contraído uma tuberculose foi obrigado a ir se tratar inicialmente em Teresópolis e depois na Suíça. Em 1917 - de volta ao Brasil - lançou seu primeiro livro "A Cinza das Horas". O segundo livro só viria dois anos depois e foi intitulado "Carnaval".

O escritor foi um dos mentores e participantes da Semana de Arte Moderna que ocorreu em São Paulo e que entrou para os anais da história como Semana de 22. Na época a arte apresentada com sua roupagem modernista causou um escândalo cultural muito grande.

Ali estavam juntos com Manuel Bandeira Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Victor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Heitor Villa - Lobos, Di Cavalcanti e muitos outros. Manuel Bandeira abriu o segundo dia da Semana de Arte Moderna com o seu poema "Os Sapos" recitado por Ronald de Carvalho. O poema que criticava o parnasianismo foi vaiado e criticado pelo público que se manifestou contrário.

A cronologia das obras de Manuel Bandeira segue a seguinte ordem "A Cinza das Horas - 1917", "Carnaval - 1919", "Os Sapos - 1922", "O Ritmo Dissoluto - 1924", "Libertinagem - 1930", "Estrela da Manhã - 1936", "Crônicas da Província do Brasil - 1937", "Guia de Ouro Preto - 1938", "Noções de História das Literaturas - 1940", "Lira dos Cinquent'Anos - 1948".

"Belo, Belo - 1948", "Mafuá do Malungo - 1948", "Literatura Hispano-Americana - 1949", "Gonçalves Dias - 1952", "Opus 10 - 1952", "Intinerário de Pasárgada - 1954", "De Poetas e de Poesias - 1954", "Flauta de Papel - 1957", "Estrela da Tarde - 1963", "Vou-me Embora pra Pasárgada - 1964", "Andorinha, Andorinha - 1966", "Estrela da Vida Inteira - 1966", "Evocação do Recife - 1966", "Colóquio Unilateralmente Sentimental - 19682".

O poeta foi professor de literatura do Colégio Pedro II e no ano de 1940 tornou-se um imortal da Academia Brasileira de Letras ocupando a cadeira de número 24. O mesmo destacou-se após ganhar muitas homenagens em seus 50 anos de vida.

Foi tradutor, inclusive, de obras de Shakespeare e um cronista de jornais e revistas. Escreveu inúmeras biografias de personalidades políticas e culturais do Brasil para a Editora El Ateneo. Sua saúde se complicou muito e ele decide se mudar para o apartamento de sua companheira dos últimos anos de vida que foi Maria de Lourdes Heitor de Souza.

No dia 13 de outubro de 1968 por volta das 12h50 morre o poeta Manuel Bandeira no Hospital Samaritano no Bairro de Botafogo. O mesmo foi sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras!


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